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domingo, 23 de dezembro de 2018

Ditador da Coreia do Norte proibiu o Natal e mandou celebrar o nascimento da sua avó

Kim Jong-Un substituiu o nascimento de Jesus pelo da “Sagrada Mãe da Revolução”

Pyongyang já foi o lar de mais cristãos que qualquer outra cidade da península coreana. Era até a sede episcopal da nação, quando as hoje separadas Coreias ainda eram um país unificado. Tudo mudou no início da década de 1950, quando as autoridades da então recém-criada Coreia do Norte decidiram suprimir oficialmente qualquer tipo de atividade cristã de culto, conforme ordena a ideologia comunista abraçada pela ditadura que se impôs àquele povo.



Atualmente, vários grupos de defesa dos direitos humanos estimam entre 50 mil e 70 mil o número de cristãos confinados à prisão ou a campos de concentração na Coreia do Norte por simplesmente praticarem a sua fé.

Não é de todo estranho, em dezembro, ver algumas árvores de Natal em certas lojas de luxo e restaurantes de Pyongyang, mas elas são desprovidas de qualquer significado religioso e servem apenas como elementos decorativos sazonais. A celebração do Natal em si, como festa cristã, continua sendo terminantemente proibida pela ditadura comunista ateia da dinastia Kim.

Em 2016, o atual ditador Kim Jong-Un deu mais um passo na repressão ao espírito natalino: ele ordenou que, na noite de 24 de dezembro, o povo comemorasse o nascimento da sua avó, Kim Jong-Suk, uma guerrilheira comunista que combateu os japoneses e se tornou a esposa do primeiro ditador do país, Kim Il Sung. Ela teria nascido na véspera de Natal de 1919.

Morta em 1949 e descrita pela narrativa ditatorial norte-coreana como a “Sagrada Mãe da Revolução”, Kim Jong-Suk recebe hoje, em seu túmulo, homenagens florais impostas pela pressão do regime.


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