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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Empresa garante salário extra para empregados que decidirem ter filho.

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Uma empresa no noroeste da Itália decidiu autorizar a quem quiser ter filhos um salário de 1.500 euros (cerca de R$ 4.900,00) a mais do que os outros empregados.
Isso acontece na Brazzale, do proprietário Roberto Brazzale, que tem 54 anos e três filhos. Ele é o administrador do laticínio mais antigo do país. A família dele produz e comercializa queijos desde 1784. Os avós dele começaram na atividade no século XVII.
“Estamos em risco de extinção”
A história de Brazzale foi contada pelo jornal italiano La Repubblica. “Fiquei espantado porque os impressionantes números da queda da natalidade não movem nem o Estado nem a iniciativa privada. Milhões de trabalhadores ganham o suficiente para si próprios, mas não para realizar seus projetos familiares. Uma sociedade assim vai ser extinta. O atraso do nosso parlamento em regulamentar o direito de morrer com dignidade é um escândalo. Mas é ainda mais inaceitável a ausência de um apoio real para a vida”, disse Brazzale.

Os números
Os números a se que refere Brazzale são eloquentes: entre 2008 e 2015, os nascimentos caíram mais de 20%. De cada mil habitantes, 7,9 são recém-nascidos, contra os 10,1 de oito anos atrás. A média da União Europeia é de 10 recém-nascidos a cada mil habitantes.
Brazzale decidiu realizar um gesto simbólico, mas importantíssimo: dar um cheque como um salário extra para os empregados que assumirem a “responsabilidade de procriar”. E o primeiro cheque acaba de sair. A responsável pelas análises químicas da empresa tornou-se mãe na semana passada. A próxima será uma economista.
Este salário extra mensal também será pago aos pais ou a quem adotar uma criança. Entretanto, há um único requisito: ser empregado há pelo menos dois anos e garantir que ficará na empresa pelos próximos dois. “Sabemos que 1.500 euros a mais não bastam para convencer um casal a ter filho. Mas a mensagem cultural prevalece sobre a material e é uma aposta no futuro: queremos que os jovens invistam na vida, sintam-se felizes e que não tenham que se preocupar somente com o trabalho”, diz Brazzale.
Não há procedimentos burocráticos a seguir ou autorizações para ter direito ao bônus-bebê: os funcionários só precisam comunicar o nascimento ou a adoção para receberem o cheque antes mesmo do início da licença-maternidade ou paternidade.
Quando eu era criança, via as mães ao redor dos carrinhos. Hoje, vejo só cuidadores de idosos e cadeiras de rodas. Para os jovens, pensar em um filho é um problema enorme. E ainda não damos um valor adequado ao que pode ser uma tragédia transcendental”, afirma Brazzale.
Aleteia

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