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domingo, 26 de fevereiro de 2017

* “O cristianismo está crescendo mais rápido na África do que em qualquer outra parte do mundo”.

mi_5488209256305792O livro que delineia essa previsão, “A Antologia do Cristianismo Africano”, foi apresentado na Universidade de Bossey, na Suíça.

“O cristianismo está crescendo mais rápido na África do que em qualquer outra parte do mundo”, disse Lawrence Iwuamadi, professor de Ecumenismo e Hermenêutica Bíblica no Instituto Ecumênico do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) de Bossey. A ocasião foi uma discussão convocada para apresentar a “Antologia do Cristianismo Africano”, no Instituto de Bossey, no dia 15 de fevereiro passado, da qual participaram inúmeros especialistas convidados para a prestigiosa sede em Genebra.

Dos dados contidos no livro, emerge que, “nos próximos quatro anos, um quarto dos cristãos de todo o mundo viverá na África”, destacou Iwuamadi, que afirmou que “a antologia é pontual nas suas 1.400 páginas e é um precioso recurso analítico”.


Cento e sessenta artigos abordam, com 30 pesquisas regionais e confessionais e mais de 50 pesquisas nacionais, as questões sociais e políticas contemporâneas enfrentadas pelos cristãos no continente. “A educação certamente foi o fator determinante para a difusão do cristianismo”, acrescentou Iwuamadi.

O livro examina ainda o papel das mulheres na Igreja na África, onde “se evidencia como elas são hoje a ‘espinha dorsal’ do cristianismo”, concluiu.

A “Antologia do Cristianismo Africano” foi editada por Isabel Apawo Phiri, Dietrich Werner, Chammah Kaunda e Kennedy Owino e publicada pela Regnum Studies in Global Christianity 2016.

“O livro é também um precioso instrumento para fazer avançar o ecumenismo”, disse Werner, ex-diretor do CMI: “O ecumenismo só terá futuro se for informado. Temos sempre muitas declarações comuns, mas pouco conhecimento sobre o cristianismo contemporâneo.”

“Quisemos também inserir nos capítulos análises contemporâneas, focadas no cristianismo que se espalhou na África do Norte, na África ocidental, oriental e meridional”, disse a vice-secretária-geral do CMI, Apawo Phiri.

Respondendo a uma pergunta, Phiri disse ainda: “A teologia do cristianismo africano certamente foi influenciada pelo contexto social em que operava. Por exemplo, a sexualidade em algumas áreas pode ser percebida ainda hoje como um problema”.

Um conhecimento profundo do cristianismo é necessário tanto para os governos quanto para as Nações Unidas, afirmou-se em Bossey, “e muitas vezes essas instituições nos pedem para trabalhar ao seu lado”.

Benjamin Simon, professor de Missiologia Ecumênica no Instituto de Bossey, descreveu a “Antologia” como um maravilhoso “buquê de flores”, com os seus 20 artigos elaborados por teólogos famosos e provenientes de ambientes africanos. “Um único capítulo do livro pode ser considerado um livro, um ‘buquê de flores’ pela variedade de posições e opiniões, além de perspectivas e de pontos de vista”, disse também Simon.

Riforma.it

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