A ONG egípcia Coptic Solidarity fez uma grave denúncia de perseguição religiosa. A delegação do Egito não permitiu que atletas cristãos participassem da Olimpíada no Rio de Janeiro. Uma queixa formal foi registrada junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Futebol (FIFA).
Segundo a organização, atletas não muçulmanos são impedidos de participar de competições esportivas tanto dentro quanto fora do país. Isso inclui membros da seleção de futebol. A minoria copta é o ramo mais numeroso do cristianismo no Egito. Eles são cerca de 10% da população de 90 milhões. Dentre a delegação olímpica de 122 atletas, nenhum era copta.
Essa prática foi reportada também em Londres, quatro anos atrás. Há pelo menos 10 atletas que teriam condições de participar do maior evento esportivo do planeta, caso os critérios fossem apenas técnicos. “Eles passaram em todas as fases de seleção, mas os atletas [cristãos] foram excluídos de competições tanto nacional quanto internacional com base apenas em sua confissão religiosa”, diz o comunicado da Coptic Solidarity.
O COI nunca se manifestou nem impôs penas ao Egito. Curiosamente, as imagens das jogadoras do vôlei de praia totalmente cobertas, seguindo a lei islâmica, viraram um símbolo de ‘diversidade’.
Segundo a Coptic Solidarity: “a intolerância religiosa nos esportes é algo muito difundido no Egito, e acaba minando o significado do espírito esportivo. A atitude vergonhosa do judoca egípcio Islam El Shehaby, que se recusou a cumprimentar seu adversário israelita nos Jogos Olímpicos de 2016, foi vista e condenada pelo mundo todo. Mesmo assim, o Egito comemora o fato como uma espécie de vitória religiosa”.
Fonte: Christian Today
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