Na
tentativa de justificar a iniciativa, o presidente do CFM afirma em sua
página que a restrição à 12ª semana motiva-se em que “a partir de então
o sistema nervoso central já estará formado”. Surpreende que um médico possa dizer isso. Deixando
de parte o fato de que a dignidade humana independe da formação de
sistema nervoso, qualquer estudante do segundo ano de Medicina já
aprende, em suas aulas de embriologia, que os doze pares de nervos
cranianos se formam durante a quinta e a sexta semanas do
desenvolvimento. Que na nona semana ocorre a inervação dos
músculos, e a criança em formação salta dentro do útero, exercitando
perninhas e bracinhos, organizando as conexões nervosas. Que na décima
semana de gestação o embrião está praticamente todo formado e, a partir
daí, haverá basicamente a maturação e crescimento dos órgãos e sistemas
do bebê.
Justifica-se o aborto com base em uma pretensa “autonomia da mulher”. Desconsidera-se, assim, o direito à vida, primeiro de todos os direitos, cláusula pétrea da nossa Constituição.
Além disso, é preciso dizer que na maior parte das vezes a decisão pelo
aborto parte do homem, que deseja se desobrigar da criança que ajudou a
gerar, e leva a mulher – por vezes, não sem violência – a procurar o
aborto.
A
verdadeira solução do problema do aborto está na prevenção, no trabalho
educativo para que se evitem gravidezes indesejadas, no apoio à mulher
que se encontra em situações difíceis, na vigilância pública de clínicas
clandestinas e na devida punição dos responsáveis por elas.
Se o aborto é o problema, o aborto não pode ser a solução.
Lenise Garcia
Presidente Nacional
Presidente Nacional
Jaime Ferreira Lopes
Vice-Presidente Nacional Executivo
Vice-Presidente Nacional Executivo
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