Centenas de milhares de opositores à lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo em França desfilam hoje, domingo, nas ruas de Paris.
A
controversa legislação que permitirá o casamento `gay` e a adoção de
crianças por casais do mesmo sexo foi aprovada recentemente pelo
parlamento francês e será examinada e submetida a aprovação do senado em
abril, pelo que os ativistas consideram esta a última possibilidade de
se manifestarem contra a referida lei.
Ao
contrário das pretensões dos organizadores, as autoridades francesas
não autorizaram que o percurso da manifestação passasse pelos Campos
Elísios, famosa avenida parisiense, e foi precisamente a tentativa de um
grupo de manifestantes de seguirem para essa avenida que levou à
intervenção policial.
As
autoridades francesas impediram que o protesto chegasse aos Campos
Elísios devido à ameaça da ordem pública, tendo usado gás lacrimogéneo
para evitar que um grupo de 200 pessoas furasse as ordens policiais,
conforme relatou a agência francesa AFP.
Face
à convicção de que o senado francês aprovará esta lei, os manifestantes
concentram esforços nos apelos ao governo para retirar esta proposta
legislativa, submetendo-a a referendo.
O “casamento para todos” foi uma das bandeiras eleitorais do atual presidente francês, o socialista François Hollande, mas os opositores querem evitar a todo o custo a aprovação desta legislação.
Um
dos rostos da organização é Virginie Tellenne, uma figura pública
francesa que afirmou hoje que os manifestantes querem que o presidente
“trate da economia e deixe as famílias em paz”.
Em
janeiro, uma marcha contra o casamento homossexual já tinha juntado na
capital francesa cerca de 800 mil pessoas, numa campanha que tem sido
orquestrada pela Igreja Católica e apoiada pela oposição do
centro-direita francesa.
Os
homossexuais e as lésbicas franceses já podem adotar crianças enquanto
pessoas individuais, caso tal seja aprovado pelos serviços sociais.
Uma
outra lei sobre a conceção medicamente assistida a casais `gays`, que
foi estendida a casais heterossexuais que não conseguem ter filhos, será
debatida ainda este ano em França.
Nenhum comentário:
Postar um comentário