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domingo, 13 de outubro de 2019

Viúvo brasileiro é ordenado sacerdote aos 75 anos, na presença de filhos e netos

"Estou sentindo a emoção sem medicação, já que a minha cardiologista me disse para não tomar nenhum remédio"

Heldo Jorge dos Santos Pereira foi ordenado sacerdote no último domingo, 5 de outubro, em Salvador, pelo arcebispo dom Murilo Krieger, na presença de seus 3 filhos e 4 netos. Viúvo, o agora pe. Heldo teve de esperar até os 75 anos de idade para “realizar o sonho” do sacerdócio.

Sara Gomes / Arquidiocese de Salvador (Reprodução)

Nascido no dia da Imaculada Conceição, 8 de dezembro, em 1943, ele entrou no seminário aos 10 anos e lá estudou durante quatro, até precisar sair para ajudar no sustento da família, já que era o mais velho de sete irmãos em um contexto de abandono paterno. Aos 21 anos, se casou com a namorada que havia conhecido aos 16, Lilia Maria de Araújo: o casamento de 43 anos, que deu como frutos três filhos e quatro netos, perdurou fielmente até o falecimento de Lilia em 27 de agosto de 2006.
Como o casal já era muito ativo na vida paroquial, Heldo se entregou mais ainda ao serviço da Igreja depois que ficou viúvo. Em 2014 ele se tornou diácono, mas o chamado ao sacerdócio ainda pulsava em seu coração. O pedido ao arcebispo aconteceu com naturalidade.
Finalmente, neste outubro de 2019, a vocação de infância se concretizou perante o Altar de Deus.

Sara Gomes / Arquidiocese de Salvador (Reprodução)

Ao site da Arquidiocese de Salvador, o novo sacerdote declarou:
“Estou sentindo a emoção sem medicação, já que a minha cardiologista me disse para não tomar nenhum remédio. Estou aqui sentido essa emoção, me colocando a serviço do Senhor e é Ele quem vai dizer para onde eu vou”.
Dom Murilo também falou sobre o sacerdócio do pe. Heldo:
“Se ele celebrar ao menos uma Missa, já realizou plenamente o seu sacerdócio. Facilmente se pensa que o sacerdócio é fazer, mas o sacerdócio exige ser de Jesus, ser do Seu Reino. Tanto assim que um padre doente e idoso, que nada mais possa fazer a não ser rezar ou oferecer a sua doença, vive plenamente o seu sacerdócio. O pe. Heldo poderá fazer muito pela Igreja, ajudando muitos padres, colaborando em tantos trabalhos que ele tem condições de fazer. Então eu me alegro, porque é mais um dom para a nossa Arquidiocese”.
Um dos filhos do pe. Heldo, Ricardo, testemunhou:
“Esse chamado ardia no coração dele há muito tempo, eu acho que desde que ele nasceu, e hoje se realiza. Graças a Deus que ele foi abençoado de poder fazer isso e agora poderá exercer o seu ministério”.
Neta do novo sacerdote, Gabriela corroborou:
“Sempre foi o sonho dele e a família está muito feliz. A felicidade dele é a nossa”.

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